29 de maio de 2010

"ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA" 9º LIÇÃO

O tema "esperança" é o enfoque da 9ª lição da CPAD deste trimestre. Para Harrison (1980, p. 106) "Até este ponto o tom das profecias tem sido muito sombrio, pois Jeremias estava anunciando o desastre iminente, castigo pela apostasia da nação. O profeta está em forte contraste com a atitude irresponsável e leviana da classe governante e do povo em geral". Os capítulos 30-33 são frequentemente chamados de "Livro do Consolo", em razão de sua mensagem de conforto e esperança para o futuro, depois de sofrer as duras penas do exílio. Os versículos 1-3 do capítulo 30 anunciam o tema central da esperança pela restauração de Israel e Judá:

"Palavra que do Senhor veio a Jeremias, dizendo: Assim fala o SENHOR, Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que eu disse. Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o SENHOR; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão."

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Saber que a esperança é uma das virtudes fundamentais da fé cristã.
-Explicar o significado da expressão "angústia de Jacó".
-Compreender que dias atribulados estão reservados a Jerusalém, mas o Senhor jamais a desamparará.

2. CONTEÚDO

Texto Bíblico: Jr 30.7-11

O QUE É A ESPERANÇA

O Dicionário Bíblico Wycliffe (2006, p. 678-679) nos informa que as palavras hebraicas traduzidas no Antigo Testamento como "esperança", significam "confiança", expectativa", ou "perspectiva". O principal uso teológico do termo "esperança" implica em confiança no sobrenatural, especificamente em Jeová como Deus de Israel (Sl 130.5; 146.5; Jr 17.7, 13). Esta confiança se relacionava com:

- A segurança contra os inimigos (sl 71.4, 5; Jr 14.8, 9)
- A libertação no futuro dia do Senhor (Zc 9.12)
- A expectativa e confiança na benção e provisão de Deus na vida presente (Ed 10.2; Jó 11.18, 20; Sl 33.18,19, 22; Lm 3.22-24)

No Novo Testamento, conforme Vine (2003, p. 614-615) a palavra "esperança" fala-nos de uma expectativa favorável e confiante. Dessa forma ela descreve:

- A antecipação feliz do que é bom (Tt 1.2; 1 Pe 1.21)
- A base sobre a quela a "esperança" é fundamentada (At 16.19; Cl 1.27)
- O objeto no qual a "esperança" é estabelecida (1 Tm 1.1)

No Novo Testamento, três adjetivos são descritivos da "esperança":

- Boa (2 Ts 2.16)
- Bem-aventurada (Tt 2.13)
- Viva (1 Pe 1.3)

Ainda segundo Vine (idem), "Em Rm 15.13, fala que Deus é 'o Deus de esperança', ou seja, Ele é o autor, não o sujeito, da esperança". [...] A expressão 'completa certeza da esperança' (Hb 6.11), expressa a completitude de sua atividade na alma; cf. 'inteira certeza de fé' (hb 10.22), e plenitude da inteligência (Cl 2.2)".

A ANGÚSTIA DE JACÓ

Chama-se de "angústia":

"a sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento e dor [...]. A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento,uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angústia através de lembranças traumáticas que dilaceraram ou fragmentaram o o ego. [...] A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequencias temidas). (Wikipédia)

"De repente, vem aquele aperto no peito! Pode ser em qualquer momento, hora ou lugar. Como se uma grande mão apertasse seu peito... e vem uma sensação bem esquisita de opressão. Você quer se livrar dela, mas não consegue. O coração bate mais rápido ou então você sente uma apreensão." (www.spiner.com.br)

A "angústia de Jacó" (Jr 30-7; Ez 38-39; Dn 9-27; Zc 14.1-2) onde será sentida na alma, no coração dos "filhos de Jacó", por ocasião das tribulações impostas pelo Senhor, como medida corretiva e pedagógica para a cura e a restauração dos males espirituais e morais da nação.

A Bíblia e a vida nos revelam, que infelizmente (ou felizmente), para serem curados e libertados de seus pecados, os filhos de Deus precisam experimentar alguns níveis de intenso sofrimento e dor.

No cativeiro, Israel e Judá aprenderiam a obediência através do sofrimento.

O sofrimento ensina (Hb 5.8).

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

A esperança em Deus diz respeito a vida futura e ao futuro da vida. Busque saber dos seus alunos como anda a esperança deles acerca dos planos de Deus em suas vidas e na vida da Igreja. Extimule-os a procurar conhecer e fazer a vontade de Deus, para que dessa forma não tenham que sofrer tanto para aprender. Aos que estão vivenciando algum tipo de sofrimento por erros que cometeram, diga-lhes que o Senhor é bom e misericordioso, e que ao seu tempo, aprendida a lição, serão plenamente restaurados.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Tv, vídeo, computador, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Dicionário VINE, CPAD.
- Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD.
- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, VIDA NOVA.

- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.

Desejo a todos uma excelente aula para a glória de Deus!

Fonte: PR. Altair Germano

24 de maio de 2010

IMAGENS DA APRESENTAÇÃO DO NOVO DIRIGENTE DA CASA DE ORAÇÃO RJ.

Essa são imagens foram tiradas no RJ na Igreja Ev. pentecostal casa de Oração na apresentação do novo dirigente da igreja matriz Presbítero Andrei Ricardo, os ministros oraram apresentando a Deus o seu ungido. (E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo EFÉSIOS 4 11-12)

Em reconhecimento ao nosso amado presbítero Andrei Ricardo que nos ajudou aqui em Araras em nosso ministério por alguns meses, desejamos que Deus possa abençõar grandemente seu ministério no RJ em sua Igreja. (Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída, e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. OSÉAS 6-3.)

Ministério Araras - Pr. Ederaldo Rossetti

22 de maio de 2010

"O PODER DA VERDADEIRA PROFECIA" 8º LIÇÃO

A 8ª lição da CPAD deste trimestre aborda o tema "profeta e profecia". A lógica da lição é a seguinte: falsos profetas transmitem profecias falsas, enquanto verdadeiros profetas transmitem profecias verdadeiras.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras.
-Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor.
-Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.

2. CONTEÚDO

O primeiro ponto da lição trata de definir o que é um profeta. Traremos aqui algumas informações extras como subsídio.

O QUE É UM PROFETA

O termo "profeta" deriva-se do hebraico nabhi (aquele que foi chamado, aquele que foi nomeado) e ocorre cerca de 309 vezes na Bíblia. O termo é usado tanto para se referir aos verdadeiros e aos falso profetas. A primeira ocorrência de nabhi está em Gênesis 20.7, onde Abraão é chamado de profeta. A segunda ocorrência acontece em Êxodo 7.1, que diz: "Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta". É exatamente neste sentido (porta-voz) que o termo é utilizado para aqueles que falam em nome de Deus.

O termo grego para "profeta" é prophetes. Trata-se de um substantivo composto da raiz phe (dizer, proclamar), do prefixo pro (antes, de antemão). Embora possa ter o sentido de "aquele que prediz", na literatura antiga a combinação do prefixo pro com os verbos para "falar" não possui a idéia de indicar o futuro. Dessa forma, profeta pode significar "o que proclama abertamente", "o que proclama em alta voz", "o que declara abertamente", "o que denuncia abertamente" etc.

Unindo os termos do Antigo e do Novo Testamento, pode-se entender "profeta" como alguém nomeado por Deus para proclamar abertamente a sua palavra. Dessa forma, a autoridade do profeta reside naquele que o nomeou e na fidelidade para com a mensagem recebida.

OS FALSOS PROFETAS

Como já citados na lição passada, os falsos “profetas”, ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos (caráter cristão e compromisso com Deus) em suas vidas, ou pela má qualidade dos mesmos (Mt 7.15-20). Eles geralmente;

- Falam para agradar seus ouvintes ou "patrões" ( I Rs 22.1-6 );
- Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 );
- Suas profecias tendem a afastar o povo da Palavra de Deus ( Dt 13.1-4 );
- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” ( Nm 22.7; Jd 11 );

O FALSO PROFETA HANANIAS (PROFETA X PROFETA)

Hananias é o modelo do tipo de falso profeta que vemos nos dias atuais. Suas atitudes se enquadram claramente no perfil descrito acima. Os falsos profetas possuem o mesmo destino de Hananias, ou seja, mas cedo ou mais tarde morrerão, pois cavam a cova do seu ministério e destroem com as próprias atitudes a sua dignidade e credibilidade.

Os profetas falsos geralmente se irritam com os profetas verdadeiros. Hananias, numa atitude grosseira e violenta "tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou" (Jr 28.10). Penso que uma das coisas que o deixou furioso foi a ironia de Jeremias diante da falsa profecia (Jr 28.1-4). Após ouvir a falsa profecia de Hananias, as palavras iniciais de Jeremias foram:

"Amém! Assim faça o Senhor; confirme o SENHOR as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do SENHOR e todos os exilados" (Jr 28.5-6)

CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS (QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS)

Os falsos profetas com as falsas profecias continuam agindo nos dias atuais. Eles estão por toda parte, proclamam absurdos e as mais diversas heresias. Nos últimos dias, um claro exemplo da gravidade deste problema acontece em plena tv aberta. Estou falando das profecias e ensinos acerca da Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira.

Campanhas ridículas e argumentos heréticos estão conduzindo muita gente boa e simples para o engano. Em nome da salvação de almas se levanta recursos para a manutenção de programas que não pregam mais o Evangelho de Jesus, mas que se tornaram meros disseminadores da chamada "Teologia da auto-ajuda."

Observe um trecho no mínimo interessante, e sua relação com o que temos visto e ouvido:

"A Teologia ou Evangelho da Prosperidade (ou ainda da Vitória Financeira) tem suas origens nos Estados Unidos, onde por volta dos anos 30 e 40, através dos ensinos de Essek William Kenyon (1867-1948), pastor de várias igrejas na América e fundador de uma denominação própria, ele foi também escritor e radialista (MARIANO, 1999, p. 151). Seus ensinos eram focados na cura, saúde, abundância, prosperidade, riqueza e felicidade pelo poder da mente.

Mariano (idem, p. 152) afirma que Kenyon nunca pregou nem escreveu sobre prosperidade (talvez numa perspectiva doutrinária). Segundo ele, foi o evangelista Oral Roberts quem criou a noção de “Vida Abundante” e deu início à pregação da doutrina e evangelho da prosperidade, prometendo retorno financeiro sete vezes maior que o valor ofertado. Muito interessante, é o fato de que Oral Roberts passou a dar maior ênfase a tal mensagem a partir de 1954, quando ingressar na TV, suas despesas aumentaram consideravelmente. Nos anos 70, nos narra ainda Mariano que Kennet e Gloria Copeland radicalizaram, dando maior projeção ao evangelho da prosperidade, quando prometeram retorno centuplicado dos dízimos e ofertas (BARRON, 1987 apud MARIANO, ibidem)."

Observe algo interessante nos textos bíblicos abaixo:

"Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra de se não cumpri, nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenha temor dele." (Dt 18.22)

"Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis". (Dt 13.1-4)

Perceba que um falso profeta não é apenas alguém que fala (ou prediz) algo em nome de Deus e que este algo não acontece. O segundo texto deixa claro que um profeta ou sonhador pode anunciar um sinal ou prodígio, e que isto pode vir a acontecer, mas que tal fato não autentica a integridade e a autoridade do profeta, nem a legitimidade da profecia.

Para discernir o falso do verdadeiro a pergunta chave é: Juntamente com a profecia, há um cuidado do profeta em se manter fiel ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus?

Ir após outros deuses é o mesmo que ir após aquilo que o SENHOR não prescreveu, que não se sustenta à luz das Santas Escrituras.

A prosperidade dos filhos de Deus é uma verdade bíblica? Sim (Js 1.8; Sl 1.1-3; 2 Co 9.10-11). Já a Teologia da Prosperidade, com sua ênfase demasiada nas riquezas, suas exegese deturpada, seus métodos grosseiros e seus falsos profetas, não passa de uma corrupção doutrinária clara e absurda, que deve ser veementemente combatida e repudiada em nosso meio.

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Pergunte aos alunos sobre experiências e conhecimento de fatos que eles sabem acerca da ação de falsos profetas nos dias atuais. Se for possível, indique ou apresente para eles os vídeos aqui citados das falsas profecias dos profetas da Teologia da Prosperidade.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Tv, vídeo, computar, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Dicionário VINE, CPAD.
- Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD.
- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, VIDA NOVA.
- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.

Desejo a todos uma excelente aula para a glória de Deus!

Fonte: Pr: Altair Germano.

18 de maio de 2010

"PORQUE O CRENTE SOFRE"?


A maioria das pessoas com quem tenho lidado ao fim destes mais de vinte anos, têm-me ensinado algumas verdades a respeito delas, de mim próprio e da vida, no que diz respeito ao sofrimento e ás suas verdadeiras origens e razões. Nunca devemos tomar conclusões precipitadas nem ignorar alguns princípios importantes. Quando as pessoas estão em sofrimento ou a passar por tempos difíceis, na esmagadora maioria dos casos, dizem NÃO SABER PORQUE RAZÃO estão a passar pelo que passam, e ainda, que NÃO MERECEM passar pelo que passam. Por outras palavras, dizem que é uma injustiça. Os que não crêem em Deus, perguntam até se não são eles que estão certos; pois se Deus existe e nos ama, como é que Ele permite que algumas coisas nos aconteçam. Por outro lado, os cristãos ainda têm uma outra possibilidade de escape face ás suas responsabilidades e aprendizagem no sofrimento. O culpado de tudo o que de negativo acontece na nossa vida, é da RESPONSABILIDADE DO DIABO. Logo, a Igreja conseguiu que o diabo deixe de ser o ACUSADOR dos irmãos tal como está escrito em APOCALIPSE 12: 10, para passar a ser o ACUSADO dos irmãos. Tudo é culpa dele.

De uma forma consciente ou inconsciente, os crentes, pensam que tudo o que acontece nas suas vidas de negativo, é da responsabilidade do diabo; o que é positivo e bom é da responsabilidade de Deus. À partida, isto parece muito espiritual e lógico. No entanto onde está a nossa responsabilidade nestes processos todos?

Quando a Bíblia diz que o diabo é mentiroso, que ninguém pense, que apesar de mentir, não fala verdade a nosso respeito na presença de Deus. De fato é impossível que na Sua presença alguém fale mentira. Logo, o que ele diz a nosso respeito, na presença de Deus é verdade. Essa é a razão porque Jesus se assentou à direita do Pai, como nosso sumo-sacerdote, para interceder por nós tal como está escrito em HEBREUS 1 : 3; 4 : 14 – 16; e 9 : 24. Assim, como na cabeça de muitos cristãos a responsabilidade do que acontece de errado ou negativo é do diabo, quem tem que mudar é ele. E por conseqüência, nós humanos somos apenas vitimas nas suas mãos e nas mãos de Deus...?!

A VERDADE, É QUE A BÍBLIA ENSINA-NOS: Não devemos dar lugar ao diabo EFÉSIOS 4 : 27; Devemos dar lugar a Deus e ao Seu espírito, GÁLATAS 5 : 16; O diabo anda ao nosso redor à espera de oportunidade I PEDRO 5 : 8; Deus está à nossa porta pronto para entrar APOCALIPSE 3 : 20; Com a nossa língua, matamos ou damos vida PROVÉRBIOS 18 :21. Por outras palavras, SOMOS NÓS QUE LEGITIMAMOS A AÇÃO DO MUNDO ESPIRITUAL DE UM MODO GERAL, na nossa vida. O mundo espiritual,aguarda que sejamos nós a abrir portas para que à vontade de Deus ou do diabo se faça em nós. Precisamos da revelação sobre este princípio contido em TIAGO 4: 7: - Se isto é a verdade, logo, a responsabilidade é NOSSA e se há alguém que tem que se arrepender, mudar e posicionar, somos NÓS. O Antigo Testamento é uma perfeita ilustração de tudo isto. O povo de Israel é nosso exemplo e espelho. Quantas vezes o povo sofria por más escolhas, por andar por sentimentos, por desobediência, por inação, porque se deixava influenciar por outras mentalidades, culturas e formas de viver. Quantas vezes Deus permitiu que eles fossem afligidos e apertados para ver se reconheciam o seu desvio da vontade do Senhor. Assim, é tempo de assumir a nossa responsabilidade, é tempo de nos arrependermos, e de nos voltarmos para o Senhor e a Sua palavra e de andarmos em novidade de vida ou viver de forma diferente, em obediência à Sua palavra e espírito de acordo com a Sua vontade.

Eis algumas das razões encontradas, apesar de pensar que poderão existir algumas mais...

1 – Porque todos passam pelo mesmo desde que estejam vivos. Todos estão sujeitos às mesmas coisas. ECLESIASTES 9: 2. (Quando está frio, está frio para todos, os desafios e dificuldades da vida são inerentes a todas as pessoas. Não gastemos energias a lamentarmo-nos por coisas que têm que ser enfrentadas, conquistadas e ultrapassadas).

2 – Porque não se cresce sem sofrimento. (O primeiro dia de escola ou do jardim de infância para qualquer criança bem como para os seus pais).

3 – Por serem teimosos e orgulhosos. (Quantas pessoas porque querem fazer o que pretendem e não querem ouvir ninguém, estão a sofrer).

4 – Para serem humildes e gratos. (As pessoas de um modo geral só dão valor ao que perdem. Dificilmente têm uma atitude de gratidão. Normalmente, pensam que ser humilde é um sentimento que umas vezes temos outras não. Na verdade a humildade é uma escolha e uma atitude. Se não aprenderes nem escolheres ser humilde, a vida encarrega-se disso).

5 – Para que se cheguem a Deus e O reconheçam. (Há pessoas que só se achegam a Deus e o reconhecem no sofrimento. É a única maneira Dele ter a atenção deles)

6 – Para perceberem quem são. (Só no sofrimento, algumas pessoas entendem verdadeiramente quem são e o poder ou falta dele, que têm. Quando dois pais, de estatutos sociais e econômicos diferentes, estão no IPO, sabem verdadeiramente o que são e percebem que os seus limites são comuns e necessitam de Deus do mesmo modo).

7 – Para que o Senhor tenha a nossa atenção. (O exemplo do Tiago que gostava de nos apanhar distraídos e corria para as escadas rolantes nos centros comerciais. Um dia pensou que não o tínhamos visto ir. Quando se cansou, chorava por se sentir perdido e só. A realidade é que o estávamos a observar e a permitir que ele passasse pela tomada de consciência do perigo de estar só quando fazia o que queria).

8 – Por más escolhas; más ações; e más palavras. (Quando alguém faz escolhas erradas, quer fazer o que lhe apetece e deseja, quando as pessoas desistem de lutar, quando fazem o que não deviam, quando pagam o mal com mal, quando têm más atitudes, quando dizem o que não devem a quem não devem, o que acontece, é que as pessoas estão a abrir brechas para o diabo e para problemas. Quando tantas vezes estamos a orar para que Deus nos abençoe e mude as nossas circunstancias, o que devíamos fazer paralelamente e até primeiro, era nos arrependermos e confessarmos os nossos erros a Deus e a quem de direito, e pedirmos graça e ajuda nas nossas dificuldades. Assim estaríamos a assumir a nossa responsabilidade e fechar portas a problemas maiores na nossa vida).

9 – Porque tem uma má Auto-estima. (Pessoas que não estão bem consigo mesmas e que não se amam, e por isso, não conseguem acreditar que alguém exterior a elas, as ame. Logo, são infelizes com elas mesmas e espalham um rasto de infelicidade à volta delas. São pessoas que não amam nem se deixam amar. É um drama viver e conviver com gente que não se quer ver livre dos traumas do seu passado de uma forma concreta e processual. É bom dizer, que todos sem qualquer exceção, sofremos de uma ou outra maneira, diferentes tipos de traumas no decorrer da vida. Não podemos ficar toda uma vida no lugar de vítima. Em Cristo Jesus e com Ele, é possível ultrapassar e vencer numa base diária os espinhos na carne que nos incomodam e afligem. Há diferenças entre AGUILHÃO e ESPINHO. Aguilhão é a tua luta contra o Senhor, Espinho é a tua luta contra ti mesmo e a tua natureza ). II CORÍNTIOS 12 : 7

10 – Porque têm prazer no que fazem. (Quantas vezes, pessoas, apesar do sofrimento em que estão envolvidos e envolvem os outros, em especial os que os amam, têm algum prazer nas situações que vivem, e por isso, permanecem no mesmo padrão de comportamento? Como o grau de sofrimento não é tão importante como o de prazer, não mudam. Eles sofrem, mas o prazer que têm, não o querem perder e por isso, o sofrimento se mantém).

11 – Por conseqüência dos outros. (De fato, quantas mulheres e homens sofrem por causa dos companheiros que têm, quantos pais por causa dos filhos, quantos filhos por causa dos pais, pastores por causa da igreja, Igrejas por causa dos pastores, povos por causa dos governos, e por aí fora. Situações de manipulação, mentiras, roubos, corrupção, infidelidades. Nestas circunstancias, temos que lembrar que é Deus a nossa justiça e é nele que temos que confiar e esperar por direção e diretrizes para a nossa vida. Apesar de tudo, nestas circunstâncias, devemos considerar a nossa dignidade como pessoas humanas, uma dádiva de Deus também. Assim, devemos guardá-la o melhor possível e não nos anularmos a nós mesmos.)

12 – Para provar fidelidade. (É apenas em tempo de sofrimento, crise e dificuldades, que provamos a nossa fidelidade. Um casal não prova fidelidade na lua de mel. É nos tempos de algumas diferenças e adversidades. O mesmo na igreja, na família, no trabalho, etc. Esta é a razão porque muitas vezes, muitos desistem e abandonam compromissos estabelecidos).

13 – Pela vergonha do que fizeram e do que pensam que os outros pensam. (Sempre que alguém faz o que não deve, e se arrepende e assume o erro, há um período de vergonha inerente ao processo de restauração. Até porque a reputação, nunca muda à mesma velocidade que a mudança na vida da pessoa em causa. Também, os que estão à nossa volta, pensam mesmo que não queiram, no que aconteceu. É normal tudo isto. Por isso, este não é tempo para desistir e desanimar mas para crescer e desenvolver).

14 – Por não estarem na vontade de Deus. (Será que todos nós temos consciência que não estar na vontade de Deus traz ao ser humano alguns sofrimentos e angustias? Uma vez mais toda história do povo de Israel é nosso exemplo).

15 – Porque estão a passar por testes. (Quantos se lembram dos dias em que estávamos na escola e a professora de surpresa passava um teste aos alunos? Era uma surpresa, não tínhamos sido avisados que o teste viria. Não falo de exames marcados, falo de testes surpresa para aferir o nosso conhecimento sobre diferentes matérias. Sempre que a nota não era positiva, tínhamos mais oportunidade para voltar a repetir a matéria do teste. Se por acaso continuávamos sem nota positiva, a professora estava lá para o próximo ano. Essa é a razão, porque tanta gente, não passa da mesma situação em que se encontra. Estão sempre a chumbar na mesma matéria e dizem que não compreendem, porque razão são sempre os mesmos testes e sempre nas mesmas coisas que caem.)

16 – Para desenvolverem paciência ou perseverança. (É apenas nos tempos difíceis que a paciência se desenvolve. Eu não preciso de paciência quando tudo está ao meu agrado. Paciência é uma matéria aprendida nas contrariedades, nas adversidades, nas surpresas da vida. Paciência é o produto da alguém humilde e calmo, de alguém que confia em Deus, de alguém que sabe que somos apenas mordomos do que somos e temos.).

17 – Por pressão diabólica. (É verdade, o diabo e seus agentes, tem alturas na nossa vida que são os causadores de alguns tempos difíceis. Nessas circunstâncias, temos que clamar pelo sangue do cordeiro de Deus que nos limpa, protege e legitima como filhos do Deus Altíssimo. Algumas vezes a sua presença também se faz notar. Aí temos que exercer a autoridade que temos no nome de Jesus.).

18 – Por causa da sua esperteza. (Há inúmeras pessoas, que em determinados aspectos da vida pessoal, profissional ou até espiritual, julgam ser especialistas e que nesta ou naquela área somos infalíveis. Temos que vigiar também as áreas onde julgamos ser fortes e já ter aprendido todas as lições. A atitude vigilante, aplica-se a todas as áreas. Os médicos também podem ficar doentes, os advogados podem ter problemas com a lei, psicólogos podem deprimir, pastores e avós também podem passar por divórcios se não vigiam nem estão atentos aos seus relacionamentos. Nada se mantém ou melhora por si só).

19 – Por preguiça ou pecado de omissão. (Fala-se muito pouco sobre o pecado de omissão. Ensinamos muito sobre o que não agrada a Deus mas muito pouco sobre o que Lhe agrada. Passamos muito mais tempo a encorajar pessoas em vez de lhes ensinarmos a como viver. Muita gente está mais focada no que não pode fazer no que tem que fazer. É tão negativo fazer algo que não devíamos como não fazer o que é devido. A Bíblia ensina que quem sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado como quem faz o mal. Por exemplo, a mãe que espanca o seu filho que ainda é uma criança, tem tantos problemas com a justiça, como a mãe que não dá os cuidados básicos de saúde e proteção ao seu filho que ainda não tem autonomia, e que para sobreviver, precisa dos seus cuidados e atenção.). TIAGO 4 : 17 e EFÉSIOS 4 : 28

20 – Porque falam demais e são precipitados. (Normalmente, quem fala demais, erra muito. Há pessoas, que não importa qual o assunto sobre que se está a falar, elas têm sempre opinião e algo a dizer. Estas pessoas, dificilmente têm amigos e consideradas credíveis. Muitas vezes estão sós, porque não entendem o valor de ouvir, de aprender e de estarem em silêncio. Os religiosos e mais concretamente os líderes, têm muito este problema, que origina sofrimento para os outros mas também para si próprios. Quantos maridos e mulheres sofrem por esta causa? Quantos empregados e patrões sofrem por esta causa?). PROVÉRBIOS 10 : 19

21 – Porque têm perspectivas erradas na pessoa ou coisas erradas. (Muitas pessoas estão em sofrimento por causa de terem expectativas erradas nas pessoas erradas. Ou expectativas que não podem ser postas em pessoas ou coisas. Por exemplo: quando uma senhora quer arranjar um homem para ser a sua companhia, o mais certo é dar em problemas porque nenhum homem quer apenas ser companhia de mulher nenhuma. O melhor é comprar um cão, que com prazer fará apenas companhia e não custa tanto aturar.O mesmo com homens que querem arranjar uma mulher porque precisam de ajuda para as tarefas de casa. Nenhuma mulher quer ser criada de nenhum homem. O melhor é pagarem a uma empresa que faça limpezas, comprar comida feita e encontrar uma lavanderia onde possa mandar lavar a sua roupa.). JEREMIAS 17 : 5

22 – Porque se afastam de Deus. (Este ponto é diferente do não estar a fazer a Sua vontade. É como se de um sinal avisador se tratasse. Um alarme, um certo mal estar, um incomodo que não sabemos explicar. À medida que nos vamos afastando da Sua vontade, algum sofrimento vai aparecendo a fim de nos voltarmos para Deus antecipadamente).

23 – Para que saibam em quem confiam. (É no dia da angustia que descobrimos em quem confiamos. Para onde vai a nossa atenção e o nosso pensamento no dia difícil? Para quem ligamos e em quem pensamos no dia da dificuldade? Nestes tempos cada um descobre quem é ou onde está verdadeiramente a sua confiança.)

24 – Para que ELE seja glorificado. (Será que hoje ainda se pode falar disto? Pode Deus receber glória no meio das nossas dificuldades? Deixamos que o processo passe por nós afim de que Ele receba glória?).

25 – Por fazerem a SUA vontade. (Será que hoje se pode falar desta verdade na igreja do século XXI? A verdade, é que para fazer a vontade de Deus e ser verdadeiramente um discípulo, temos algumas vezes que sofrer.)

LUCAS 6 : 46 – 49 e I PEDRO 3 : 17 e I PEDRO 4 : 2; Nestas passagens, podemos observar alguns aspectos práticos que se relacionam com o que temos vindo a falar.

1. Os dois homens sofrem a construir quer construam bem ou mal.
2. Os dois sofrem com a tempestade inesperada.
3. Os dois estão assustados e em algum sofrimento.
4. Os efeitos da tempestade são comuns aos dois.
5. O que construiu mal, vai ter sofrimento extra: a) Vai ver tudo a ruir. b) Vai ver tudo destruído. c) Não tem onde colocar a família num lugar abrigado e seguro. d) Vai ter que arranjar um lugar de ultima hora para os recolher. e) Vai ter que começar tudo de novo. f) Vai ter vergonha do que lhe aconteceu fruto da sua desobediência. g) Vai ter que recomeçar tudo de novo. etc.

A conclusão, é que o sofrimento é acrescido não como resultado direto do diabo, mas sim, da sua irresponsabilidade ou de não ter feito as coisas como aprendeu e sabia que devia ser feito.

16 de maio de 2010

"FORÇA NA FRAQUEZA" (2 Coríntios 12:10)



Paulo fez uma afirmação difícil de entender, e mais difícil ainda de aplicar na nossa vida: "Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10). Atrás dessas palavras enigmáticas encontramos algumas lições importantes e edificantes. Vamos procurar entender o que Paulo disse e como aplicar esse ensinamento quando enfrentamos dificuldades.

Paulo sofreu de algum espinho na carne

Ele disse: "E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi_me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim." (2 Coríntios 12:7-8).

Algumas pessoas gastam muito tempo especulando sobre o espinho na carne. O fato é que Paulo não revelou o que foi, e ninguém hoje sabe. O que importa não é a natureza do espinho, mas a maneira que Paulo o encarou. Observe estes fatos em 2 Coríntios 12:7-9: Œ Paulo reconheceu Satanás como a fonte do problema. Ele disse que o espinho era "mensageiro de Satanás". Por que Satanás mandaria um mensageiro a Paulo? Sabemos muito bem que o diabo quer a nossa ruína. Ele quer nos devorar como leão que ruge (1 Pedro 5:8). Na vida de Paulo, como na vida de bilhões de outras pessoas, Satanás usou o sofrimento para tentar derrotá-lo.  Deus usou aquele espinho e recusou tirá-lo da vida de Paulo. Aqui aprendemos uma coisa importante sobre os males da vida. Deus não causou o sofrimento no mundo, e ele não nos tenta (Tiago 1:13). Muitas vezes, ao invés de tirar os problemas das nossas vidas, ele os utiliza para o nosso bem. Deus amou Paulo, mas ele não o poupou de todo sofrimento. Jamais devemos interpretar problemas como sinais do desprezo de Deus. Ele pode usar calamidades para castigar os ímpios, mas, ele também permite tribulações na vida de seus filhos (Hebreus 12:5-11).

Como Deus usou o sofrimento de Paulo

Quando Deus recusou tirar o espinho da vida de Paulo, ele ofereceu esta explicação: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). A graça contradiz o merecer. Se Paulo, no passado, se julgou auto-suficiente, ele não continuou assim (veja Filipenses 3:4-11). Nas tribulações, ele aprendeu depender da graça do Senhor. Quando sentimos que temos tudo sob controle por causa da nossa própria capacidade, facilmente esquecemos de Deus. Nas horas de maior fraqueza, quando sentimos incapazes de resolver os nossos problemas sozinhos, tendemos a voltar para Deus e nos entregar à poderosa mão dele. Nossa inteligência não nos basta. Nossos recursos financeiros não nos bastam. Nossos amigos não conseguem preencher as nossas necessidades. A graça de Deus nos basta, e o poder dele se manifesta através da nossa fraqueza. É exatamente isso que Paulo entendeu: "De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo" (2 Coríntios 12:9).

Como Paulo usou seu próprio sofrimento

As palavras de Paulo em 2 Coríntios 12:10 são impressionantes, refletindo uma maturidade espiritual que poucos alcançam: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte." Ele sentia prazer no sofrimento! Será que nós sentimos a mesma coisa? É comum sentir pena de si, ou amargura, ou profunda depressão, mas sentir prazer? O comentário de Paulo não trata de alguma prática louca de autoflagelação, mas de sua capacidade de confiar plenamente no Senhor. Ele entendeu que o sofrimento nos oferece oportunidades para aproximar mais de Deus, e Paulo aproveitou tais oportunidades ao máximo. Da mesma forma que a pessoa que pratica ginástica ou musculação pode sentir prazer no esforço e sofrimento da malhação, visando os resultados em termos da saúde física, Paulo sentia prazer nas angústias da vida, tendo em vista os resultados de crescimento espiritual e do galardão eterno. Tiago falou a mesma coisa: "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tiago 1:2-4).

Paulo explica seu prazer em dois sentidos: Œ "...por amor de Cristo". Quando Paulo admitiu sua própria incapacidade, ele deixou Cristo tomar conta da vida dele. Como Cristo morreu para nos dar vida, nosso velho homem morre para dar lugar para Jesus viver: "Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gálatas 2:19-20). Jesus aceitou a "fraqueza" da sua forma humana para se entregar por nós. É somente quando aceitamos a nossa própria inadequação que temos condições de nos entregar a Cristo.  "Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte". Quando Paulo confiou plenamente em Cristo, se esvaziando do orgulho e da idéia de ser autônomo, ele ganhou força bem maior. Cristo vivendo em Paulo era infinitamente mais forte do que Paulo sozinho.

Como nós usamos o sofrimento?

Considere as palavras que Paulo usa em 2 Coríntios 12:10. Como você reage aos mesmos desafios na sua vida? Paulo enfrentou:

Fraquezas. Você se sente incapaz de enfrentar algumas fraquezas (problemas, tentações vícios, etc.)? Essas fraquezas devem servir de convite para permitir Jesus reinar na sua vida.

Injúrias. Você foi maltratado ou ofendido por outros? O diabo quer usar suas injúrias como motivo de ódio, vingança e blasfêmia. Mas Deus quer que você fique forte, usando essas injúrias como oportunidade para crescer.

Necessidades. Você enfrenta grandes dificuldades financeiras? Não sabe como resolvê-las? Nada melhor que a fome para tornar o homem dependente de Deus. Jesus deu este desafio: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal" (Mateus 6:33-34). Pessoas que nunca conheceram a pobreza têm dificuldade em entender esse princípio. Quando temos geladeiras abastecidas e armários cheios de alimentos, é difícil imaginar a circunstância que Jesus descreve. Esse é, sem dúvida, um dos motivos que poucos ricos são convertidos a Cristo (1 Coríntios 1:26-29; Marcos 10:23-25).

Perseguições. Quando sofremos por causa de Cristo, é o momento de desistir ou de ficar mais firmes que nunca? Muitas pessoas egoístas justificam sua desistência porque não querem sofrer. Mas os discípulos verdadeiros imitam o exemplo dos cristãos hebreus: "Lembrai_vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando_vos co_participantes com aqueles que desse modo foram tratados. Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável.... Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma" (Hebreus 10:32-34,39). Falando de perseguições, devemos lembrar que fazem parte da vida do cristão. Paulo usou uma palavra bem abrangente para frisar esse fato: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Timóteo 3:12). Nenhum servo do Senhor tem imunidade da perseguição.

Angústias. A palavra usada aqui vem de uma raiz que descreve lugares estreitos ou apertados. Muitas pessoas sofrem de claustrofobia. Quando se encontram em lugares apertados e fechados sentem-se desesperadas. Espiritualmente, muitos reagem da mesma forma. Quando se vê em apuros, como você reage? Abandona os princípios de Deus e age de uma forma errada no desespero? A única saída é aceitar o fato que você é incapaz de sair do problema sozinho. Temos que reconhecer a necessidade da graça de Deus, para aceitar o resgate que ele nos oferece. "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Filipenses 4:6-7).

Conclusão

Os servos do Senhor sofrem nessa vida. Enfrentamos perseguições, angústias, fraquezas, necessidades, etc. Da mesma maneira que Deus recusou tirar o espinho de Paulo, ele pode deixar qualquer um de nós em circunstâncias difíceis e desagradáveis. Quando nos encontramos nessas situações, vamos ter a fé e a coragem que Paulo mostrou para aproveitar a oportunidade e crescer espiritualmente. Quando nos entregamos a Cristo, encontramos a graça e a força verdadeira.


Fonte: Estudos bíblicos

11 de maio de 2010

"O CUIDADO COM AS OVELHAS" 7º AULA

Tratando-se de igreja evangélica no Brasil, vivemos um momento bastante crítico em termos de ministério pastoral. Todos os dias centenas de pessoas, pelos mais diversos meios e formas recebem uma credencial ou uma ordenação de pastor. Qual o compromisso com Deus daqueles que ordenam e que são ordenados ao ministério pastoral? Quais são as suas reais intenções? Como podemos ser pastores aprovados por Deus? Como podemos identificar pastores sérios, íntegros e verdadeiros? Certamente, neste espaço não dá para responder a todas estas questões, mas, pelo menos poderemos promover a reflexão e o debate.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Compreender que o pastor é um administrador do rebanho de Cristo.
-Entender que Israel foi destruído porque lhe faltou verdadeiros profetas.
-Conscientizar-se de que o líder precisa cuidar das ovelhas de Cristo, de acordo com o que prescreve o Sumo Pastor.

2. CONTEÚDO

O que é um pastor? Um pastor é um cuidador de ovelhas. Alguém que protege, alimenta, guia e procura de todas as maneiras possíveis o bem maior para o rebanho e para cada ovelha. Ele cuida de todas e de cada uma.

SER PASTOR NOS DIAS ATUAIS

Não deveria haver diferença entre o ser pastor nos tempos bíblicos do A.T. e N.T., com o ser pastor na atualidade. A atividade pastoral, em muitos lugares está distante do ideal bíblico. Como já escrevi, as ovelhas estão sendo trocadas pelas coisas. Mesmo que as coisas sejam para o bem das ovelhas, o contato pessoal, a visitação, o aconselhamento, a pregação e o ensino não podem ser banidos das atividades cotidianas de um pastor.

O ministério pastoral é um ministério de contato pessoal, e não de gerenciamento a distância. O perfil do pastor bíblico é o de alguém que entra no aprisco, e não que manda outro em seu lugar (Jo 10.2), as ovelhas reconhecem a sua voz (Jo 10.3), chama as ovelhas pelo nome (Jo 10.2b), as conduz com responsabilidade (Jo 10.2v), dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11), conhece as ovelhas, ou seja, goza de amizade e intimidade com elas e por elas é conhecido (Jo 10.14).

Com o advento da Reforma Industrial, com o modelo capitalista de economia e com as modernas teorias de administração, alguns segmentos da igreja, inseridos neste contexto mundial, como sempre aconteceu, pois a igreja não está isenta da influência cultural externa, adotaram o modelo "piramidal" e "departamental" de administração. Por "piramidal" entenda-se uma forte ênfase administrativa na hierarquia e um distancia crescente de quem está no topo da pirâmide (pastores) dos que estão na base (membros e congregados). No meio da pirâmide ficaram os evangelistas, presbíteros, diáconos e líderes em geral. Por "departamental" trato da criação de departamentos (como nas fábricas, lojas, comércio e indústria). Dessa forma temos o departamento infantil, juvenil, de senhores, de senhoras, de evangelização, de educação, de música etc. O modelo de igreja família e comunidade doméstica, típico do Novo Testamento, ao longo dos anos dissiparam-se. O atual modelo pode ser aproveitado? Acredito que algumas coisas sim, desde que norteadas pelos princípios bíblicos. O argumento de que a igreja cresceu, não significa necessariamente que cresceu com saúde. Não são apenas modelos que fazem a igreja crescer, antes, é o próprio Deus que faz a sua igreja crescer nas mais diferentes circunstâncias ou situações (At 2.47; 1 Co 3.6).
No sentido de chamar a atenção para o extremo desvio da função pastoral, escrevi um texto intitulado "Gestor ou Pastor?" que pode ser lido clickando AQUI. Não bastasse as questões (serviços) locais, ainda temos a política eclesiástica que acaba afastando alguns pastores da sua cidade, estado ou região. Alguns, em períodos de eleições convencionais privam a igreja de sua presença partindo em busca de apoio e votos para cargos que não mais produzem o que já produziram. Tempo e dinheiro são na atualidade gastos em vão.

Entendo que uma análise (e auto-análise) séria e profunda da situação poderia mudar o quadro, para que o ministério pastoral retomasse o seu real propósito:

"Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas." (Atos 6.2).

Apenas pastores ministerialmente saudáveis poderão conduzir de maneira saudável o rebanho do Senhor:

"Tenho, porém contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas". (Ap 2.4-5)

Honra e obediência é devido aos verdadeiros pastores (Hb 13.7 e 17). Oremos por eles!

OS FALSOS PASTORES E OS FALSOS PROFETAS

Para agravar a situação, além de pastores que não cumprem o seu ministério como deveriam, temos os falsos pastores que fingem cumprir e ter um ministério "autêntico". Falo dos pilantras, dos vigaristas, dos mercenários e bandidos de plantão e em ação.

Sem delongas, segue abaixo algumas características dos falsos pastores:

- São apascentadores de si mesmos, ou seja, ministram em causa própria (Ez 34.2);
- São exploradores das ovelhas. Vivem no luxo absurdo e exagerado às custas dos dízimos e das ofertas dos simples "fiéis. Confundem sustentação com ostentação. (Ez 34.3);
- São duros, implacáveis e descompromissados com o cuidado e a saúde integral das ovelhas (Ez 34.4-6);

Já os falsos “profetas”, ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos (caráter cristão e compromisso com Deus) em suas vidas, ou pela má qualidade dos mesmos (Mt 7.15-20). Eles geralmente;

- Falam para agradar seus ouvintes ou "patrões" ( I Rs 22.1-6 );
- Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 );
- Suas profecias tendem a afastar o povo da Palavra de Deus ( Dt 13.1-4 );
- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” ( Nm 22.7; Jd 11 );

Deus haverá de tratar com tais pastores e profetas. O tempo da colheita é chegado (Ez 34.7-10; Mt 3.10, 12). Por mais que esse discurso não agrade a muitos, ele é bíblico e verdadeiro. Deus é amor e justiça!

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Discuta com a classe sobre a atual condição do ministério pastoral e profético. Não desiluda os seus alunos, antes, conforme a vocação de cada um, motive-os para que busquem servir a Deus com sinceridade e integridade como obreiros (1 Tm 3.1). Incentive-os a orar por seus pastores, pois eles precisam de oração (1 Ts 5.25).

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.

Boa aula. Orem por mim!


Fonte: PR. Altair Germeno

4 de maio de 2010

1 de maio de 2010

A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS 6° LIÇÃO


A "Soberania e a Autoridade de Deus" é tema 6ª Lição do 2º trimestre/2010. Apesar de sermos tentados a não acreditar, devido a gravidade de algumas circunstâncias, o Senhor continua no controle de todas as coisas.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Explicar por que Deus enviou Jeremias à casa do oleiro.
-Compreender que soberania de Deus está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência.
-Conscientizar-se de que Deus é soberano.

2. CONTEÚDO

É a partir do entendimento da soberania de Deus que sua intervenção na história deve ser estudada.

A SOBERANIA DE DEUS

“Soberania não é uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa oriunda das perfeições do Ser Supremo. Se Deus é Espírito, e portanto uma pessoa infinita, eterna e imutável em suas perfeições, o Criador e preservador do universo, a soberania absoluta é um direito seu. A infinita sabedoria, bondade e poder, com o direito de posse que pertence a Deus no tocante às suas criaturas, são o fundamento imutável de seu domínio (cf. Sl 115.3; Dn 4.35; 1 Cr 29.11; Ez 18.4; Is 45.9; Mt 20.15; Ef 1.11; Rm 11.36) ” (HODGE, p. 331, 2001).

“O termo soberania, denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que esteja sob sua jurisdição. Um “soberano” pois, exerce plena autonomia e desconhece imunidades rivais. Quando aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre sua vasta criação. Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter que prestar contas a qualquer vontade finita. Conforme se dá com outras idéias teológicas, o termo não figura nas páginas da Bíblia, embora o conceito seja reiterado por inúmeras vezes. Para tanto, as Escrituras apelam par a metáfora de “governante e súditos [...] (Dn 4.25; 1 Tm 1.17)" (CHAMPLIN, p. 242, 2001).

“Autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios. A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto e necessário – todos precisamos dele para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.”(ANDRADE, 1998, p. 265).

Os textos abaixo nos falam sobre a soberania e a autoridade de Deus:

“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” (Sl 115.3)

“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35)
“Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos.” (1 Cr 29.11)

“Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.” (Is 45.9)

“Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (Mt 20.15)

“nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,” (Ef 1.11)

Dessa forma, fica evidente, conforme Hodge (2001, p. 332) que:

- A soberania de Deus é universal. Ela se estende sobre todas as suas criaturas, das mais elevadas às mais inferiores;


- Ela é absoluta. Não se podem pôr limites à sua autoridade. Ele faz seu beneplácito nos exércitos do céu e entre os habitantes da terra;


- Ela é imutável. Não pode ser ignorada ou rejeitada. Ela obriga todas as criaturas, tão inexoravelmente quanto as leis físicas obrigam o universo material.

A ONIPRESENÇA, ONISCIÊNCIA E ONIPOTÊNCIA DE DEUS

A soberania de Deus se fundamenta em seus atributos Não-Morais ou incomunicáveis, exclusivos da essência divina. Observemos alguns destes atributos:

- Onipresença. Thiessen (1987, p. 78) afirma que a onipresença de Deus diz respeito a sua infinidade em relação às suas criaturas (Sl 139.7-12; Jr 23.23-24; At 17.27-28). A consciência desta realidade pode deter o pecador em seus caminhos maus e o levar a buscar a Deus.

- Onisciência. Deus conhece a Si próprio e todas as outras coisas, quer sejam reais ou apenas possíveis, quer sejam passadas, presentes ou futuras, e que ele as conhece perfeitamente e por toda a eternidade. Ele conhece as coisas imediata, simultânea, completa e verdadeiramente. Ele conhece também as melhores maneiras de chegar aos fins desejados (idem). (Pv 15.11; Sl 139.4; Mt 10.30; Hb 4.13).

- Onipotência. Para Ferreira e Myatt (2007, p. 218) "Isso não quer dizer que não haja limitações no poder de Deus, mas que as limitações que existem são apenas os limites impostos pela sua própria natureza". Thiessen (idem, p. 79) nos lembra que Deus não pode ver o mal (Hc 6.18), negar-se a si mesmo (2 Tm 2.13) ou praticar o pecado (Tg 1.13). A onipotência de Deus é declarada em Gn 17.1; 18.14; Jr 32.27; Lc 1.37; Mc 10.27).

Ainda, conforme Ferreira e Myatt (2007, p. 216) a Bíblia nos revela que:

"Deus é independente e auto-existente (Gn 1.1; Êx 3.14; Is 40.13s; At 17.25). Do ponto de Vista humano, o fato de Deus existir na eternidade passada, distinto da criação e totalmente satisfeito, é testemunho da independência de Deus. Significa que 'ele é determinado por nada e tudo é por ele determinado (At 17.20; Rm 11.36)'. Ele não precisa da criação e muito menos a criou porque estava se sentindo solitário. Ele não precisava da criação para ter algo com que compartilhar o amor. Ele já tinha tudo que precisava no seu próprio Ser Trino. Deus é auto-existente e não deriva seu ser de algo anterior. Ele não é condicionado pela criação, mas a criação é completamente sujeita à sua vontade."

Ele simplesmente, definitivamente, maravilhosamente, magnificamente, absolutamente É!

A VONTADE DE DEUS

Deus é capaz de realizar tudo o que ele diz que fará (FERREIRA; MYATT, 2007, p. 211). Esta idéia, presente e ampliada em Efésios 1.11, Não significa apenas que Deus pode fazer o que ele quiser, mas que ele, de fato, "faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade":

"A frase 'todas as coisas' parece significar literalmente tudo. O desígnio (gr. boule, propósito, decisão) é o plano de Deus. É o que ele determinou de antemão que faria. Planejar é a atividade de um ser inteligente. A vontade (gr. thelema, desejo, intenção, decisão) é o desejo de Deus. O que ele deseja, ele realiza. E isto não é arbitrário, mas ocorre segundo o seu plano racional. Neste sentido, a vontade de Deus refere-se ao decreto de Deus, pelo qual ele determina o curso da história." (idem)

A vontade de Deus pode ser percebida num sentido mais condicional (Lc 7.30). Deus estabelece seu padrão de conduta moral, representado por seus mandamentos, mas o ser humano deliberadamente os transgride (ibdem, p. 212).

Assim como nos dias de Jeremias, muitos entre o povo de Deus vivem de uma maneira que não lhe agrada. Aberrações e escândalos se avolumam dia após dia. Líderes e liderados fazem o que bem querem com as suas vidas, não se preocupando em procurar fazer a vontade de Deus.

Em alguns momentos parece-nos que Deus não está se importando ou encontra-se indiferente à situação. Mas, isso é apenas uma impressão falsa. O Senhor continua no controle de todas as coisas e no momento certo, da forma que somente ele saber fazer, sua intervenção será notória, vasos serão refeitos, e sua vontade prevalecerá!

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Discuta com a classe sobre as implicações da soberania de Deus para a nossa vida e para a vida da Igreja.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, HAGNOS.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.
- Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática, IBR.
- Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual, VIDA NOVA.

"Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?" (Is 43.13).

Fonte PR. Altair Germano

"O PODER DA INTERCESSÃO" 5º AULA

A 5ª Lição do 2º trimestre/2010 trata da intercessão do profetas Jeremias e dos vários aspectos desta prática de grande importância para o cristão.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Compreender o que é intercessão segundo os padrões bíblicos .
-Explicar por que Jeremias intercedia por Judá, mesmo sabendo que o povo estava afastado de Deus.
-Saber quea intercessão é uma recomendação bíblica.

2. CONTEÚDO

Texto Bíblico: Jeremias 14.1-3, 7, 8, 10; 15.1

Segue abaixo uma sequência de links que abordam o tema intercessão, para vossa pesquisa e preparo da aula:

- O QUE É INTERCESSÃO (Bíblia World Net)
- A INTERCESSÃO (Jesus Site)

A INTERCESSÃO DOS CRISTÃOS

Segue abaixo algumas recomendações bíblicas sobre a oração intercessória dos cristãos (CHAMPLIN, 2001, p. 249, v. 3):

- A oração intercessória nos é ordenada (I Tm 2.1; Tg 5.14, 16)
- Devemos interceder em favor de todos os homens (I Tm 2.1)
- Por todos quanto ocupam posição de autoridade (I Tm 2.2)
- Pelos ministros (II Co 1.11; Fl 1.29)
- Por todos os santos (Éf 6.18)
- Pelos patrões (Gn 24.12-14)
- Pelos servos (Lc 7.2,3)
- Pelas crianças (Mt 15.22)
- Pelos compatriotas (Rm 10.1)
- Pelos enfermos (Tg 5.14)
- Pelos que nos perseguem (Mt 5.44)
- Pelos nossos inimigos (Jr 29.7)
- Pelos que nos invejam (Nm 12.13)
- Por aqueles que nos abandonam (II Tm 4.16)
- Os ministros devem orar pelos membros (Éf 1.16; Fl 1.4)
- É um pecado neglicenciarmos a oração intercessória (I Sm 12.23)
- A oração intercessória beneficia o próprio intercessor (Jó 42.10)

EXEMPLOS BÍBLICOS DE ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

Vários homens de Deus se destacaram como grandes intercessores;

Abraão (Gn 18.23-32)
Moisés (Êx 8.12; 32.11-13)
Samuel (I Sm 7.5)
Salomão (I Rs 8.30-36)
Elias (II Rs 4.33)
Ezequias (II Cr 30.18)
Isaías (II Cr 32.20)
Davi (Sl 25.22)
Daniel (9.3-19)
Estevão (At 7.60)
Pedro e João (At 8.15)
A igreja de Jerusalém (At 12.5)
Paulo (Cl 1.9, 12)
Epafras (Cl 4.12)
Filemom (v.22)

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Discuta com a classe sobre as principais questões na vida da igreja e do mundo, que necessitam da nossa intercessão na atualidade.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Conheça melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, HAGNOS.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.

A oração intercessória é uma manifestação clara do amor altruísta, do nosso interesse para com o bem do próximo.


BOA AULA!!

Fonte: Pr. Altair Germano

DAVI E GOLIAS

DAVI E GOLIAS
O DESBRAVADOR

GOLIAS EM HEBRAICO, גָּלְיָת

Golias foi um personagem do Antigo Testamento que participou num episódio de batalha entre os Filisteus e o povo de Israel, que foi defrontado e morto por Davi, segundo relatos da Bíblia, principal livro dos cristãos e dos judeus, relatados em I Samuel 17: 45 à 51

45 Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
46 Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel;
47 E saberá toda esta congregação que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48 E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se com Davi, apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
49 E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
50 Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão.
51 Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.

HISTÓRIA


Nome: Golias
Significado: passagem, mudança, exílio, transmigração

Família:
Avô: Provável Arba

Pai: Provável Enaque

Irmãos: Lami, o Giteu
Local de Nascimento: Gate

Localização Temporal: 1200 a.C. - 1000 a.C.

Motivo de Morte: Derrubado por uma pedra da funda de Davi e decapitado

Local de Morte: Planície de Elah (carvalho)

Segundo a narrativa do livro de Reis,Golias era um gigante da cidade de Gate, e um campeão dos filisteus. Golias aumentou nas mãos de escribas e narradores, a bíblia mais antiga, os rolos do mar morto (século 2 a.c) , assim como o historiador Josephus e a Septuaginta todos estes concordam que Golias possuía a altura de seis côvados e um palmo, (2.90 metros), mas mais tarde (935 d.c) o Codex Aleppo aumentou para seis côvados e um palmo a única medida confiável é a primeira pois não há texto hebraico anterior a 935 d.c que coloca Golias como sendo de seis côvados e um palmo.
Ainda segundo Reis,o combate que teve contra David, usava uma cota de malha de bronze que pesava 5000 ciclos, (57 kg). Como Davi era um rapaz ainda, provavelmente só a cota de malha de Golias já atingia seu peso. Mas Davi ainda tinha que lutar com um gigante que carregava um grande escudo para proteção e uma lança, cuja ponta de ferro pesava 600 ciclos, (6, kg). Sua haste foi descrita na Bíblia como "eixo dos tecelãos".
Pouco depois de Davi ter sido ungido por Samuel, os filisteus ajuntaram-se em Socó para uma guerra contra Israel, e então acamparam em Efes-Damim. Golias desafiava Israel em alta voz para apresentarem um homem que lutasse com ele em combate individual, o resultado determinaria qual o exército que se tornaria servo do outro. Seu desafio durou 40 dias. Mas no exército israelita não havia soldado com coragem suficiente de enfrentar Golias com seus quase 3,10 metros de altura, (7 covados ~= 45 cm) ainda mais sendo este um soldado mercenário treinado e muito bem armado.
Quando Davi soube do que estava acontecendo ficou indignado e aceitou o desafio do filisteu. A tentativa de Saul em colocar sua armadura em Davi não teve êxito, porque ele nunca tinha usado aquele equipamento. Davi foi apenas com a funda e algumas pedras lisas que pegou em um rio próximo ao encontro de Golias.
Invocando o nome de seus deuses para o mal contra Davi, Golias riu-se dele, perguntando se era por acaso um cão para que viesse a ele com cordas, referindo-se a funda que Davi usava. Davi respondeu:

“Tu vens a mim com espada, e com lança, e com dardo, mas eu chego a ti com o nome de Jeová dos exércitos, o Deus das fileiras combatentes de Israel, de quem escarneceste.”
I Samuel 17: 45

As armas de Davi eram da parte de Jeová (Deus de Israel) e isso lhe dava confiança da vitória. Apressando-se, Davi pegou uma pedra e atirou com a funda e ela penetrou a testa de Golias. Não deve ter lhe matado instantaneamente porque a Bíblia diz que quando Golias caiu com a face por terra, Davi apressou-se, pegou a espada de Golias e entregou-lhe a morte 'definitivamente' cortando sua cabeça.

Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.
I Samuel 17: 51

Quando viram seu campeão morto, os filisteus fugiram, mas foram perseguidos e dizimados até sua cidade.
Davi tomou então a cabeça do filisteu e a levou a Jerusalém, e as armas dele pôs na sua tenda.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Golias

OS SETE TIPOS DE CRENTES


A maioria dos livros do Novo Testamento são cartas que foram escritas pelos santos apóstolos a várias congregações, e que o cristianismo aceita como Palavra autorizada de Deus para nossa época. Mas existe algo que faz do Apocalipse um livro sagrado realmente singular.

E a revelação de Jesus Cristo, expressa em cartas enviadas a sete igrejas situadas na Ásia com instrução para elas e com mensagens proféticas aplicadas a sete períodos específicos da história da igreja.

www.MidiaGospel.Com.br - Portal gospel com notícias,música,videos,chat,bate-papo evangélico, pregações e muito mais acesse: www.midiagospel.com.br / www.estudosgospel.com.br / www.centraldepregadores.com.br

.

Ao mesmo tempo contém mensagens universais que produzem a edificação espiritual do crente.

Graças a Deus porque neste estudo hoje temos a oportunidade de lê-las, estudá-las e ser abençoados com suas orientações. Mas lembremos que, além de penetrar em seu conteúdo, devemos obedecer a ele ( Ap 1.3), e seremos bem-aventurados.

Há alguma coisa em comum nas cartas escritas às sete igrejas: escreve-se ao anjo ou mensageiro de cada uma delas. Em cada caso, o Senhor Jesus Se apresenta com uma identificação especial adequada às necessidades desse período da igreja. Por exemplo, ao escrever a Esmirna (era de perseguição e martírio), apresenta-Se como "o que esteve morto e tornou a viver" ( Ap 2.8).

Há um elogio que reflete as virtudes desse período (menos no caso de Laodicéia, devido a sua mornidão espiritual). Há uma reprovação destinada a ajudar a crescer em áreas débeis da igreja, com exceção do período de Esmirna (era das perseguições e martírio) e Filadélfia (era do reavivamento). Também se inclui uma admoestação e uma promessa.

As sete cartas do livro de apocalipse, foram dirigidas a sete Igrejas que existiam na Ásia Menor, região da atual Turquia (Ap. 2:1-3:22). Como o livro de Apocalipse (Revelação) é de caráter profético, podemos delinear claramente as diversas fases da Era da Igreja, que marca o fim das Eras (1Co 10:11).

A seguir apresentamos uma cronologia da evolução da Igreja, em comparação às sete cartas Reveladas por Jesus no Apocalipse.

- ÉFESO (anos 70 a 170 d.C.) – Representa a Igreja primitiva pós-apostólica.

- ESMIRNA
(anos 170 a 312 d.C.) Representa a Igreja perseguida pelos imperadores romanos.

- PÉRGAMO (anos 312 a 606 d.C) Representa a Igreja Clerical ou estatal, instituída pelo imperador romano Constantino.

- TIATIRA (anos 606 a 1517 d.C.) Representa toda a era da Igreja Católica Romana. Tem início no ano 606 quando o bispo romano Bonifácio é eleito o Bispo da Igreja Universal de Roma, tornando-se assim o primeiro Papa.

Em Tiatira é mencionada a volta de Jesus pela primeira vez nas sete cartas: “Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha” (Ap. 2.24-25).

Levando em consideração que a época da Igreja Apostólica (Éfeso), a época da Igreja perseguida por Roma (Esmirna) e a época da Igreja estatal (Pérgamo) terminaram, podemos considerar que a expressão ” até que eu venha” pode significar que o período de Tiatira (Igreja Romana) se estenderá até a volta de Cristo para a sua Igreja, portanto a era de Tiatira sobrepõe-se a outras épocas da igreja.

Entendemos também haver um remanescente dentro deste sistema eclesiástico que rejeitam falsos ensinos “aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina”.

- SARDES (anos 1517 – 1700 d.C.) Representa a era da Reforma, desencadeada quando em outubro de 1517 Martinho Lutero afixou suas 95 Teses contra as doutrina praticadas pela Igreja Romana, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.

Na época era um sistema eclesiástico vivo mas hoje já está praticamente morto, apesar de ainda levar o nome de Reforma. É um sistema eclesiástico que não vigia mais, e grande parte de seus membros rejeitam verdades bíblicas como o Nascimento Virginal, a inspiração plenária da Bíblia, os milagres, a ressurreição de Jesus entre outras.

Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. (Ap. 3.1b-2).

O fato de ser uma igreja morta é demonstrado pela falta do Espírito Santo em seu meio, e pelo fato de grande maioria de seus membros simplesmente participarem de um sistema eclesiástico, sem terem experimentado verdadeira conversão. Esta igreja Jesus adverte: E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei(Ap 3.3b).

Esta fase da igreja (Sardes), tal qual Tiatira coexiste com a Igreja que Cristo vem buscar no arrebatamento.

- FILADÉLFIA (ano 1700 a 1900 d.C.) Representa a época evangelística do avivamento e das missões mundiais, quando a Igreja volta a considerar as verdades e doutrinas Bíblicas e o arrebatamento da Igreja volta a ser reconhecido e pregado. É a Igreja verdadeira coexistindo com dois sistemas eclesiásticos formais como vimos anteriormente.

- LAODICÉIA (ano 1900 d.C. até o arrebatamento) É a decadente igreja do fim dos tempos que vemos hoje. Morna e liberal aos costumes mundanos. Mais preocupada com bens materiais do que espirituais.

Para esta Igreja Jesus disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap. 3:20.) Esta passagem bíblica chama a nossa atenção para a eminência da Volta do Senhor Jesus.

Quando alguém está à porta e bate é porque já chegou.

Vejamos agora “Os sete tipos de crentes “comparado às Igreja da Ásia menor.

I. O crente Tradicional (do tipo Éfeso)

Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste.

Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Apocalipse 2: 2-4 Aparentemente este tipo de crente seria um tipo “tradicional”, que tenta manter a Palavra de Deus, combatendo as heresias, e principalmente hoje em dia que existem muitos “Apóstolos” e ministros falsos, com doutrinas variadas e vazias, sem base nenhuma na Bíblia, inclusive atribuindo a Deus as suas autoridades.

Esse crente se firma na Bíblia e acaba duvidando até das ações renovadoras do Espírito, ou seja, devido a tanto engano, ele prefere não crer em nenhum movimento chamado carismático, apostólico, pentecostal.

Sendo assim este crente acaba perdendo o amor e levando tudo para o lado da Palavra de Deus como se fosse uma lei rígida. Este crente precisa de uma renovação espiritual voltar a amar e buscar a Cristo como no início da fé.

II. O crente Sofredor (tipo Esmirna )

Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são, porém é sinagoga de satanás.

Não temas o que hás de padecer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2. 9-10).

Este tipo de crente é o que está oprimido, em local de sofrimento e perseguição, perceba que existe correlação deste crente também com a igreja que estava em Roma no período das grandes perseguições aos crentes, que Paulo diz ser a fé conhecida no mundo todo, inclusive hoje os exemplos dos mártires ainda nos fala de sua fé sacrificial.

Este crente é fraco em seu poder, porém forte no poder de Deus, pois o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa franqueza (2 Co 12:9).

Este crente é um exemplo de fé e de superação no meio da tribulação, veja que nas cartas às sete igreja somente duas não são repreendidas por Cristo Esmirna e Filadélfia, justamente as igrejas mais perseguidas pelos falsos judeus. Baseado nestas características, esta igreja representa o crente com características de mártir, sofredor, exemplo disso dos missionários que dão sua vida à obra de Deus, apesar de tudo.

III. O crente profano (tipo Pérgamo)

Sei onde habitas, que é onde está o trono de satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.

Entretanto, algumas coisas têm contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem.

Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas.
Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Apocalipse 2: 13 – 16

Este tipo de crente é o que se encontra em um lugar de grande pecaminosidade (trono de satanás), porém apesar de se achar nesse lugar ele luta e não deixa a fé em Cristo, porém na vida deste crente existem algumas coisas que desagradam a Deus, na carta é citado os nicolaitas e os de Balaão, ou correlacionando, são as distorções da Palavra de Deus em proveito próprio.

Hoje em dia, sem citar nomes também tem algumas denominações evangélicas que distorcem as Escrituras para proveito próprio, caso semelhante aos nicolaitas, ou ainda induzem ao erro como Balaão. Estes crentes muitas vezes são enganados por falsos profetas e falsos doutores, porém eles não deixam a fé.

IV. O Crente Tolerante ao pecado (tipo Tiatira)

Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança, e sei que as tuas últimas obras são mais numerosas que as primeiras.

Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos; e dei-lhe tempo para que se arrependesse; e ela não quer arrepender-se da sua prostituição.

Eis que a lanço num leito de dores, e numa grande tribulação os que cometem adultério com ela, se não se arrependerem das obras dela; Apocalipse 2: 19 -22

Este é o crente que trabalha muito na obra de Deus e produz muitas coisas; crescimento da igreja, discípulos.

Porém vemos que este crente tolera Jezabel (figura de mulher prostituta e idólatra), é certo pelo caráter figurativo de Apocalipse que quando se esta falando de prostituição e idolatria, está se referindo a se colocar algo no lugar de Deus, pois o crente verdadeiro não freqüenta os bordéis, nem utiliza imagens de escultura, mas pode ser avarento (avareza é idolatria), e segundo dizem são duas barras que derrubam o crente a barra de saia (sexo) e a barra de ouro (dinheiro).

Assim este é um crente operante na obra, mas com uma falha muito grande na área sexual ou financeira, as vezes esta operância na igreja é simplesmente para encobrir um relacionamento familiar fraco e carências afetivas não satisfeitas.

Este crente precisa tomar muito cuidado para não se desviar da fé, ou tentar justificar suas condutas através das teologias dos falsos profetas, principalmente para não cair no meio daqueles que no ultimo dia dirão que fizeram muitas coisas para Jesus, mas não eram conhecido de Cristo.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?

Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade ( Mt 7. 22 – 23).

V. O crente Improdutivo (tipo Igreja de Sardes )

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto.

Sê vigilante, e confirma o restante, que estava para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus.

Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei ( Ap 3. 1 – 3)

Este é o crente que está na igreja, porém só é membro, talvez “convencido” pela Palavra e não convertido pelo Espírito Santo. Ele conhece tudo, participa e até coopera, porém ainda não tomou uma decisão verdadeira, pode até ter um comportamento digno de Cristo, porém Jesus ainda não é o Senhor de sua vida.

Como exemplo deste crente podemos enquadrar o mancebo de qualidades em Lucas 18: 18-24, o jovem era realmente interessado e compromissado, mas faltava-lhe se entregar completamente a Deus.

VI. O crente Fiel e vencedor (tipo Igreja de Filadélfia)

Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome.

Eis que farei aos da sinagoga de satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo ( Ap 3. 8-9)

Este crente é parecido com o crente Esmirna, inclusive ele sofre com os falsos judeus, também só Filadélfia e Esmirna não são repreendidas por Cristo, além de todas as duas se acharem fracas.

Contudo o diferencial de Filadélfia é que ela será exaltada perante os inimigos de Deus, quando Esmirna será martirizada. Neste ponto entramos num dos maiores mistérios da humanidade. Por que Deus permite que certas coisas aconteçam com os crentes fiéis?

Livra alguns, mas não livra outros? Por que Deus livrou Daniel da cova dos leões, mas não livrou centenas de crentes do martírio com os imperadores romanos?

Seja como for não da para distinguir o crente Esmirna do Filadélfia, todos são fiéis e sofredores, porém o Filadélfia será exaltado na terra por Deus e o de Esmirna será fiel até a morte.

VII. O crente Mundano (tipo Igreja de Laodicéia)

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.

Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus olhos, para que vejas.

Eu repreendo e castigo a todos quanto amo: sê, pois zeloso, e arrepende-te.

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo ( Ap 3. 15 – 20).

Laodicéia - Laodicéia é formada por duas palavras: Laos - povo e Dicéia - opinião ou costume ou voz. Podemos entender que Laudicéia tem o significado de “voz do povo”.

Nesses últimos tempos quem não está em Filadélfia, está em Laodicéia, com suas críticas e opiniões. É a igreja apóstata que anda junto com Filadélfia.

Enquanto Filadélfia está preocupada com Cristo, Laodicéia está ocupada consigo mesma. A opinião, o costume, a crítica, a voz do povo substitui a opinião, o costume, a crítica, a voz do Espírito Santo.

Jesus está do lado de fora dessa igreja, não há lugar para ele lá dentro, mas o amor de Deus é inesgotável, e Ele está batendo, e apresentando o remédio, até a última hora. A igreja "morna" com uma fé que não é nem quente nem fria (Apocalipse 3:14-22).

Laodicéia é localizada no Vale do rio Lico a oeste da Ásia Menor, a principal rota de comércio entre as culturas do Ocidente e Oriente.

Este é o crente auto-suficiente, que se acha o melhor da criação, “filho do Rei” e não servo de Cristo, muito difundido com as chamadas teorias da prosperidade, ele contrasta com o Esmirna que se acha pobre e é rico, Laodicéia é justamente o contrário se acha rico e é pobre.

Jesus chega ao extremo de dizer que está à porta da igreja, (do lado de fora), batendo (pedindo para entrar na igreja Dele), ou seja Laodicéia não está preocupada com Jesus que é o Senhor de todo. Este tipo de crente parece com o fariseu que orava de si para e Jesus relata em Lucas 18.

O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.

Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho ( Lc 18: 11-12).

É uma oração e um culto centrado muito no eu e não em Deus, veja alguns chavões de crente: “Eu decreto”, Eu profetizo”, “Eu não aceito” e Eu etc...) ou seja tudo no eu.

Este tipo de crente precisa ter uma ter um encontro verdadeiro, com Cristo, abrir a porta e receber Jesus como o verdadeiro Senhor de sua vida.

As sete igrejas de Apocalipse são igrejas literais do primeiro século dC. No entanto, as sete igrejas de Apocalipse também têm um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje.

Na verdade, o objetivo principal de João ao escrever suas cartas às sete igrejas, era entregar a "avaliação" de Cristo das igrejas daquela época.

No entanto, um segundo propósito para os inspirados textos de João era descrever sete tipos de igrejas (e crentes individuais) que surgiriam repetidamente ao longo da história.

Estas breves cartas às sete igrejas do Apocalipse servem como pequenos lembretes para aqueles que se chamam de "seguidores de Cristo ou cristãos".

Você está realmente seguindo a Jesus? A qual dessas Igrejas você faz parte?

Autor: Jânio Santos de Oliveira

OBRA MISSIONÁRIA

Querido internauta, Deus quando quer abençoar alguém Ele não escolhe cor, raça, espécie nenhuma, pois a palavra de Deus é verdadeira quando fala em João 3: 16

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

Tenha uma vida abençoada na presença D'Ele, dê seu testemunho através da sua imagem e exemplo de vida, seja um verdadeiro servo(a) de Deus, coloque Ele em 1º lugar na sua vida, e verás o que Ele é capaz de fazer com você e sua família.

Deixo o convite especial para você participar conosco os cultos realizados durante a semana, venha ser grandemente abençoado ouvindo a Palavra de Deus.

2ª feira - Culto do Talento - (Culto realizado nas casas)
Saída em frente a igreja sempre ás 19:30hs
3ª feira - Culto de Oração
5ª feira - Culto de Ensino

2º Sábado do Mês - Culto de Santa Ceia

Domingos às 9:00hs - Escola Bíblica Dominical
Domingos às 19:30hs - Culto de Benção

Venha correndo pegar a sua benção
estamos localizados na Rua Santos Dumont, 492, Centro - Araras - SP (Próximo a garagem da Sopro Divino)

Carlos Eduardo Ferreira Vinagre